Maria Augusta Generoso Estrela: A Primeira Mulher Médica do Brasil. Saiba mais sobre ela neste post.
Nossa primeira médica
Quando pensamos nas pioneiras que abriram caminho na medicina brasileira, o que vem à cabeça é Maria Augusta Generoso Estrela. Nascida no Rio de Janeiro em 10 de abril de 1860, Maria Augusta se tornou a primeira mulher brasileira a se formar em medicina. Imagine só naquela época, quando se matricular em uma universidade era um sonho distante para as mulheres no Brasil. Sua história é um exemplo incrível de determinação e coragem para enfrentar os desafios da época.
Os Primeiros Passos
Maria Augusta nasceu em uma família portuguesa. Seus pais, Maria Luiza e Albino Augusto Generoso Estrela, a matricularam no Colégio Brasileiro. Mas foi só quando embarcou para a Europa, aos 13 anos, estudando no colégio Villa Real, em Portugal, que seus horizontes começaram a se expandir. Após voltar ao Brasil, ela se deparou com uma reportagem sobre uma jovem estudante de medicina em Nova Iorque. Isso acendeu uma faísca em Maria Augusta! De repente, se tornou essencial para ela seguir uma carreira de médica.
Desafios e Determinação
Porém, quem acha que foi fácil está muito enganado! No Brasil, nenhuma faculdade aceitava mulheres. Decidida, ela pediu ao pai para enviá-la para o exterior a fim de realizar seu sonho. Em 1875, Maria Augusta partiu para Nova Iorque no navio South America, superando o primeiro grande obstáculo em sua jornada.
Ao chegar lá, se deparou com outro problema: precisava ter ao menos 18 anos para se matricular no New York Medical College and Hospital for Women. Maria Augusta, aos 16, não se deu por vencida. Com muita garra, ela escreveu uma petição impactante e, após um novo exame, ganhou sua vaga na universidade.
O Suporte Real e Sucesso Acadêmico
Durante toda essa jornada, Maria Augusta enfrentou dificuldades financeiras, principalmente após seu pai enfrentar problemas. Foi então que D. Pedro II, o imperador do Brasil, tomou conhecimento de sua situação. Ele, gentilmente, concedeu uma bolsa de estudos para que ela pudesse continuar seus estudos sem preocupações.
Nos anos em que passou em Nova Iorque, Maria Augusta dedicou-se e foi agraciada com uma medalha de ouro ao se formar. Além disso, ela se destacou no trabalho final sobre “Moléstias da Pele”, mostrando seu empenho e brilhantismo.
Retorno ao Brasil e Legado
Finalmente, de volta ao Brasil, Maria Augusta não trouxe apenas um diploma; trouxe uma missão. Com o diploma validado, começou a clinicar e rapidamente se tornou um exemplo para as mulheres que desejavam seguir pelo mesmo caminho. Encontrou ainda tempo para casar-se com o farmacêutico Antonio Costa Moraes, construir uma família, e continuar atendendo em seu consultório montado em um espaço da farmácia do marido.
Mesmo após a morte precoce do esposo, Maria Augusta seguiu firme no trabalho, cuidando de seus pacientes com o carinho e dedicação que sempre teve. Ela realmente abriu as portas para muitas outras mulheres que vieram depois dela.
Portanto, a trajetória de Maria Augusta Generoso Estrela é uma verdadeira lição de coragem e inspiração.
Para lembrar e celebrar vitórias.
Liliana Donatelli